sábado, 28 de maio de 2011

Câmara e órgãos públicos defendem a criação de uma associação autônoma de guardadores de veículos

SANTO ÂNGELO/RS - Em audiência pública realizada, na tarde de quarta-feira, a Câmara de Vereadores de Santo Ângelo e órgãos públicos como Brigada Militar e Departamento Municipal de Trânsito (DMT), defendem a criação de uma associação autônoma de guardadores de veículos para contornar a situação criada por alguns "flanelinhas" e que vem gerando constantes reclamações de motoristas.
O encontro foi proposto pela vereadora Lenir Diel (PP) e contou com as presenças do presidente do Legislativo, Fernando Diel, diretor do DMT, Gerson Rodrigues, subcomandante do 7º Regimento de Polícia Montada (RPMon), capitão Régis Copetti, parlamentares e pessoas interessadas no assunto polêmico.
A sugestão de uma associação autônoma de guardadores de carros partiu da vereadora proponente da reunião, desde que os seus integrantes estejam identificados com crachás contendo nome e endereço e uniforme, diante da inconstitucionalidade do exercício do serviço. Segundo ela, o trabalho executado pelos "flanelinhas" é irregular.
A preocupação de Lenir está centrada na intimidação feita por alguns guardadores de veículos que, em determinados casos, cobram preços abusivos para zelarem pela segurança do patrimônio dos motoristas. No seu entender, essas pessoas precisariam estar identificadas com cinto refletivo e registradas na Brigada Militar. Para Copetti, a solução para amenizar o problema também seria a criação de uma associação, apesar da inviabilidade de regulamentação da entidade.
Gerson reforça que a função do "flanelinha" é ilegal. "O Município não tem competência de delegar qualquer serviço exercido pelos guardadores de carros", justifica. "É um dever do Estado guardar os bens da população em espaço público", declara o diretor do DMT.
O presidente da Câmara também se manifestou a favor da existência de uma associação organizada e identificada dos guardadores de veículos, a exemplo dos vigias noturnos. "Como certos motoristas estão a mercê dos flanelinhas, deveria haver um esforço conjunto das instituições a fim de que essas pessoas sejam identificadas, apesar do trabalho não ter condições de ser regulamentado", opina Fernando.
DOAÇÃO ESPONTÂNEA
Eduardo Fernandes, 57 anos, que exerce a função de guardador de veículos e que também se fez presente no plenário da Câmara, diz que promotores de eventos festivos são os que lhe contratam para zelar pela segurança dos automóveis.
A doação financeira é espontânea, frisa ele. "Cobro do cliente de acordo com a disponibilidade financeira dele", admite.
O principal problema observado por Eduardo, é o alto preço cobrado por determinados "flanelinhas" que, muitas vezes, chegam a intimidar os proprietários de carros em festas que ocorrem na área central da cidade, principalmente nas proximidades das sedes sociais dos clubes Gaúcho e Comercial e ainda em boates.
"A atividade precisaria ser regularizada e ser criada uma associação desses autônomos, pois assim afastaria um grupo de pessoas, em sua grande maioria acima de 18 anos, que seguidamente ameaçam causar danos nos veículos caso não seja pago o valor imposto por elas", reivindica Eduardo. Fonte: A Tribuna Regional

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