sábado, 22 de outubro de 2011

Novo uniforme de guardadores de automóveis confunde motoristas

 RIO - Ainda pouco conhecido, e numa cidade onde os flanelinhas estão por todos os lados, o novo uniforme dos operadores do Sindicato dos Guardadores de Automóveis (Singaerj) tem deixado o carioca confuso na hora de estacionar. Lançada no dia primeiro de setembro, a novidade substituiu o colete cinza por um conjunto de calça e camisa de brim azul e a frase "Estacione" nas costas e na perna direita.
- Tem gente que pensa que somos flanelinhas. Tem que estar sempre explicando que é o uniforme novo - comentou o guardador Raimundo José da Silva, que trabalha na Praia Vermelha, na Urca.
A substituição do uniforme começou por três bairros: Tijuca, Centro e Méier. Em outubro, chegou a outras regiões da cidade, menos na chamada Área Azul (Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Jardim Botânico, Gávea e Lagoa), onde operam os guardadores da Embrapark.
A nova roupa também estampa na blusa o registro profissional junto à Delegacia Regional do Ministério do Trabalho (DRT-RJ) do guardador e o endereço de e-mail do Serviço de Atendimento ao Usuário do sindicato (sau@singaerj.com.br), para denúncias e sugestões. Cada conjunto custa R$ 40, pago pelo próprio trabalhador:
- E o sapato tem que ser preto. Só comprei um único conjunto porque é muito caro - disse uma guardadora do Centro, que pediu para não ser identificada.
A prefeitura informou que o sindicato tem autonomia para fazer a troca dos uniformes de seus operadores sem consulta prévia. Acrescentou ainda que a roupa nova não foi avaliada pela administração municipal porque o sindicato é responsável por organizar os guardadores, inclusive seus uniformes.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma praga urbana?

Jornal do Brasil
Celso Franco

Com este título, sem a interrogação, o jornal O Globo comentou a matéria sobre o fracasso do “choque de ordem” em disciplinar o estacionamento explorado pelos flanelinhas, que eu prefiro chamar de “os camelôs” do estacionamento. Este problema social, como, aliás, tem o trânsito, como o terceiro do mundo, é muito parecido com o do tóxico e a nossa juventude. Se os pais não cuidam dos filhos, um traficante o adota. Se o poder público não organiza o estacionamento, como um todo, adotando uma política racional, os guardadores clandestinos o fazem, sem racionalidade e caminhando para a formação de quadrilhas, não raras vezes com a colaboração de maus policiais militares. Cansei de ver, da janela de meu escritório, quando o tinha na esquina da Avenida Beira Mar com a Avenida Antônio Carlos, todas as sextas feiras, uma viatura da Polícia Militar vir recolher, com o flanelinha da área, a féria da semana.
Que eu saiba, o último estudo sério de um plano de estacionamento foi realizado em 1968, na nossa gestão no DETRAN, quando um grupo de urbanistas, engenheiros de tráfego e um representante da direção da Associação dos Guardadores Autônomos e outro da Fundação dos Terminais Rodoviários, que em conjunto, exploravam o estacionamento nas vias de circulação, elaborou um magnífico estudo para o então Estado da Guanabara. Deste estudo nasceu uma planta colorida geral da cidade, onde estavam definidas, em cores diferenciadas, as diversas áreas onde se poderia estacionar e o regime de tempo para fazê-lo. Nasceu também o “Disco de Estacionamento”, para o controle dos locais de estacionamento rotativo, copiando o que existia de Paris desde o final da década de 40.Tão importante e inédito foi este trabalho que, ao ser apresentado ao governador Negrão de Lima, mereceu dele, embaixador que foi e, portanto com vivência internacional, a seguinte observação para o grupo: “Parabéns por este trabalho civilizado”. Ainda coube a nós, quando fora do governo, introduzirmos o tipo de papeleta de registro do período de estacionamento, copiado de Israel, e que foi adotado quando da criação naquela cidade, da área de estacionamento rotativo, no seu centro comercial, com o nome de “Zona Azul” e que, chegou até o Rio, quando de nossa volta ao DETRAN, em 1975.
Causa-me estranheza que o controle de ordem neste importante detalhe do tráfego urbano, uma vez que, todo estudo de tráfego começa com a pesquisa de “origem e de destino”. Não se pode abandonar o controle do destino dos fluxos de carros, sob pena de estarmos cooperando com a desordem que, aliás, já se implantou, no centro do Rio, não esteja a cargo da autoridade responsável, no caso a CET Rio. Deveria ser encargo exclusivo do policiamento de trânsito, orientado por aquele órgão. O controle da irregularidade, erradamente chamada de “praga urbana”, não é nada de impossível, só exige competência, trabalho e a presença da autoridade responsável, tanto a policial como a de engenharia de tráfego, nas ruas, em apoio e até fiscalização do policial, a quem cabe coibir a presença dos guardadores clandestinos, hoje, segundo o próprio noticiário, já organizados e quadrilhas.
Não é uma praga urbana esta irregularidade que, não acredito exista em São Paulo, por exemplo, a julgar pelo que vi quando lá vivi o melhor e mais bem remunerado período de minha vida profissional.
Se desejarem qualificar alguma praga urbana, elejam a omissão do poder público, responsável pelo bem estar do pagador de impostos, que somos todos nós, as vítimas desta sim, verdadeira praga.
* Celso Franco, oficial de Marinha reformado (comandante), foi diretor de Trânsito do antigo estado da Guanabara e presidente da CET-Rio.
Jornal do Brasil - Trânsito - Uma praga urbana?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Secretário diz que atuação dos criminosos está sendo filmada para caracterizar formação de quadrilha

RIO - O secretário especial de Ordem Pública, Alex Costa, alega que a presença reforçada de guardas municipais da Unidade de Ordem Pública (UOP) do Centro inibe os flanelinhas. Mas acrescenta que, para enfrentar o problema, é preciso que seja caracterizada a formação de quadrilha. Com esse objetivo, agentes da prefeitura chegaram a realizar filmagens para registrar a ação dos criminosos. Os reboques a serviço da prefeitura têm atuado nas ruas do Centro para coibir, principalmente, o estacionamento irregular. O secretário apela à população para ajudar a combater os flanelinhas.
De acordo com a secretaria, o Choque de Ordem já retirou das ruas 1.297 flanelinhas desde 2009, por exercício ilegal da profissão. Deste total, 92 flanelinhas foram detidos atuando no Centro. Ele informou que 3% dos flanelinhas eram foragidos da polícia, e que 70% tinham passagens pela polícia. Por formação de quadrilha, houve 13 prisões, sendo cinco no Leblon, duas na Quinta da Boa Vista e seis em São Cristóvão. Nestes casos, as vítimas foram até a delegacia prestar queixa.
- Já conseguimos realizar algumas prisões, mas esse é um problema muito maior, que envolve crime. Muitos flanelinhas têm passagem pela polícia e até mesmo prisão preventiva decretada. O guarda municipal tem as suas fragilidades, mas fazemos operações para combater o problema e eventualmente chamamos a Polícia Militar. E não basta pura e simplesmente prender o flanelinha. É preciso que o motorista coagido colabore e vá até a delegacia. Porém, muitos preferem não registrar o caso. Por outro lado, a população se revolta quando é rebocada.

Zona liberada para extorsão

Flanelinhas expulsam guardadores do Vaga Certa nos fins de semana, no Centro

RIO - As principais avenidas do Centro, a Rio Branco e a Presidente Vargas, se transformam aos sábados e domingos em vias expressas para a extorsão de motoristas. Flanelinhas tomam conta das vagas e exigem dinheiro antecipado, valores que vão de R$ 5 a R$ 20. Além disso, parte dos guardadores com o colete do Vaga Certa cobra irregularmente. Além dos R$ 2 de cada talão, eles chegam a exigir até R$ 10 do motorista em busca de um lugar para estacionar.
O problema já chegou ao conhecimento da prefeitura. O secretário especial de Ordem Pública, Alex Costa, diz que os flanelinhas expulsam nas manhãs de sábado guardadores autônomos para controlar a área. Nos últimos três sábados, o GLOBO constatou o problema.
Anteontem, por exemplo, flanelinhas atuavam livremente na Presidente Vargas, com a cumplicidade de policiais do 5º BPM. Na via, fiscais da Secretaria de Ordem Pública (Seop) rebocaram alguns carros que estavam parados em locais proibidos. Um dos flanelinhas tentava convencer o dono de um veículo a estacionar na faixa de pedestre, da qual um carro acabara de ser retirado por um reboque.
Antes disso, este mesmo flanelinha foi flagrado pela reportagem do GLOBO conversando com um policial militar, próximo à esquina com a Rua Miguel Couto e Presidente Vargas. Em seguida, ele correu por cerca de cem metros até chegar próximo à esquina da Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, onde passou a atuar sem ser incomodado.
- Eu sou flanelinha, sim, e quando o cliente pergunta se pode estacionar na faixa de pedestre, eu digo sempre que pode. Estou aqui na luta para ganhar algum dinheiro. A vida está muito difícil - disse o flanelinha que conversara com o PM.
Já na Avenida Rio Branco, anteontem, pelo menos uns 30 guardas municipais circulavam por ali pela manhã, entre a Candelária e o fim da via. No último dia 24, havia oito flanelinhas atuando e apenas uma pessoa com o colete. Todos estavam no trecho da Avenida Rio Branco entre a Presidente Vargas e a Almirante Barroso.
Leia a íntegra desta reportagem no GLOBO DIGITAL (conteúdo exclusivo para assinantes)

 

domingo, 2 de outubro de 2011

DRF prende falsos guardadores de veículos

São Luis/MA - Um trabalho de investigação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prendeu dois homens acusados de arrombamento de veículo no centro da cidade, em São Luís. Antonio Santana Filho, o Loco Loco; e Alessandro Pereira da Silva, o Alex, se passavam por guardadores de veículos automotores naquela área.
De acordo com informações do delegado Ronilson Moura, da DRF, os acusados são responsáveis pelo arrombamento de um veículo, na Rua São Pantaleão, ocorrido na semana passada.
Na ocasião levaram um notebook do proprietário. Após a ocorrência, equipes da DRF iniciaram investigações e levantamentos para apurar a identificação dos autores.
“A DRF vem intensificando o trabalho de investigação naquela região central da cidade, justamente para identificar os autores dessas práticas de arrombamentos e outros delitos nesses ambientes suspeitos”, informou o delegado.
A prisão
A partir dos levantamentos, a polícia chegou aos dois que, segundo a polícia, usavam da função de guardadores de veículos para praticarem os crimes de arrombamento.
O delegado ressaltou que ambos não possuíam cadastro no Projeto de Capacitação de Lavadores, Manobristas e Guardadores de Veículo desenvolvido pela Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC). “Eles não possuem registro no Projeto para atuarem como profissionais manobristas”, explicou o delegado.
Na delegacia, a dupla confessou a autoria do arrombamento na Rua São Pantaleão e delatou que o notebook já havia sido repassado a uma lan house no bairro do João de Deus.
A polícia descobriu, através do Instituto de Identificação (Ident), que os dois respondem a uma condenação por homicídio. Eles seguirão para o Centro de Triagem em Pedrinhas.
Fonte: GI Portal