Guardadores de carros que trabalham na avenida Braz de Aguiar fizeram, na manhã de hoje (26), um protesto contra a decisão da prefeitura de retirá-los do local. Eles reclamam que o sistema de estacionamento implantado com a chamada Zona Azul foi privatizado para uma empresa de Curitiba e que o prefeito e a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) estariam descumprindo uma promessa feita aos “flanelinhas” de que eles não sairiam dali. A empresa Espaço Vago seria a vencedora da licitação para explorar o estacionamento público.
Como protesto, os guardadores retiraram e quebraram algumas placas de sinalização. Em contrapartida, a Polícia Militar foi acionada e agiu com rigor. Os manifestantes foram retirados à força da rua e os policiais chegaram a usar sprays de pimenta e gás lacrimogênio para dispersar os flanelinhas. Um dos manifestantes foi detido e precisou ser dominado pelos policiais.
Segundo Ronivaldo Andrade, presidente da Associação dos Trabalhadores Guardadores de Veículos em Estacionamentos Públicos de Belém do Pará (Atgvepb –Pará), 32 flane linhas atuam na Braz de Aguiar e mais 65 nas ruas transversais à avenida. Ronivaldo afirma que a CTbel havia informado em várias reuniões que eles seriam adequados à empresa, inclusive com carteira assinada. “Fomos surpreendidos com a decisão de que a empresa começará a explorar o estacionamento do local e que nós iríamos sair”, informou.
Os guardadores dizem que irão impedir a panfletagem de hoje, informando as mudanças na área.“Vamos lutar pelos nossos direitos. Se tiver que brigar, vamos brigar. São trabalhadores que não querem perder seu sustento e vão até as últimas consequências”, alerta. A partir das 9h de hoje, eles prometem se concentrar na esquina da Braz com a travessa Generalíssimo Deodoro.
A Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) só comentou a manifestação por meio de nota enviada por sua assessoria. Na nota, a CTBel declara que o flanelinhas têm direito a se manifestar e que qualquer problema na ordem pública é uma questão de segurança pública. Sobre a concessão do espaço para a empresa Espaço Vago, a assessoria não deu nenhuma informação. Apenas declarou que o órgão ainda falará sobre assunto em entrevista coletiva à imprensa ainda não agendada. (
Fonte: Diário Online com Diário do Pará)