segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Diagnóstico mostra que flanelinhas têm renda mensal de até R$1.500

Secretaria de Assistência Social - SAS apresenta diagnóstico sobre flanelinhas. Leia a notícia completa no link da Prefeitura da Cidade de Juiz de Fora

Na manhã de ontem, 7, foi divulgado o diagnóstico sobre a situação dos flanelinhas de Juiz de Fora. O levantamento, feito pela Secretaria de Assistência Social, mostra que a renda mensal dos guardadores de veículos nas vias públicas pode chegar a R$ 1.500. Entretanto, a maioria dos entrevistados recebe um pouco mais de um salário mínimo. O estudo foi feito a pedido da comissão, formada por Polícia Militar, PJF, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Amac e Câmara,  criada para buscar uma solução para o problema da atuação dos guardadores na cidade.
De acordo com o diagnóstico, 45% dos entrevistados ganham, em média, entre R$ 200 e R$ 510. O percentual é quase o dobro representado pela parcela mais pobre, que corresponde a 23% do total e recebe nas ruas até R$ 200 por mês. Outros 20% estão na faixa dos R$ 500 a R$ 1 mil. Já uma pequena fatia do grupo, 3%, lucra até R$ 1.500. Além disso, 4% dos flanelinhas chegam a quase três salários mínimos.
Além do rendimento nas ruas, a pesquisa também verificou a renda familiar dos guardadores. Entre os que responderam, 39% disseram ganhar até um salário, enquanto 18% recebem entre R$ 510 e R$ 1 mil. E isso contando que a maioria, 55%, exerce outra atividade profissional, seja na construção civil, como vendedor ambulante ou como catador de materiais recicláveis.
Ainda segundo os números, 62% vivem acima da faixa de pobreza, o que significa que as famílias têm renda mensal superior a R$ 140 por pessoa. Por outro lado, 18% estão na faixa da extrema pobreza, quando o ganho total da família não ultrapassa R$ 70 por pessoa. Apesar de esse ser o critério para recebimento do benefício básico do Bolsa Família, 76% não contam com qualquer ajuda e só 13% têm auxílio do programa.
A pesquisa também ajudou a identificar o perfil dos flanelinhas na cidade. Dentre os entrevistados, 49% são jovens e possuem entre 19 e 30 anos. O estudo apontou que 91,6% são negros ou pardos, 49% são de Juiz de Fora, 95% são do sexo masculino, 65% não possuem ensino superior completo e 52% são solteiros.
O levantamento de dados foi realizado entre os dias 16 e 26 de setembro, por uma equipe formada por 29 profissionais.O grupo percorreu o Centro e os bairros São Mateus, Mariano Procópio, Manoel Honório, Morro da Glória, Granbery, Alto dos Passos, Jardim Glória, Francisco Bernardino e Benfica, em horários e dias alternados. A rota foi definida com foco nos principais pontos de concentração dos flanelinhas. A equipe detectou a atuação de 61 guardadores em 35 ruas de 14 bairros da cidade.

Ações futuras
O diagnóstico servirá de base para a comissão traçar soluções para a situação dos flanelinhas na cidade. A próxima reunião da comissão, desta vez para discutir propostas, será no dia 21 de outubro e deve contar também com a participação das secretarias de Saúde e de Educação, da Polícia Civil, do Ministério Público e do Ministério do Trabalho. Fonte: jfnotícias.com

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